Posted by GCSRW on June 26, 2018
A COMUNIDADE ECONÓMICA ¶ 163
E) A Pobreza — Apesar da afluência geral nas nações industrializadas, a maioria das pessoas no mundo vive na pobreza. A fim de proporcionar as necessidades básicas, como alimentos, vestuário, abrigo, educação, cuidados de saúde e outras necessidades, devem ser encontradas soluções para compartilhar de forma mais equitativa os recursos do mundo. A tecnologia crescente, quando acompanhada de práticas económicas exploradoras, empobrece muitas pessoas e faz com que a pobreza se autoperpetue. A pobreza devido a catástrofes naturais e a mudanças ambientais está a aumentar e precisa de atenção e apoio. Os conflitos e a guerra empobrecem as populações por todos os lados, e uma maneira importante de apoiar os pobres será trabalhar em prol de soluções pacíficas.
Como igreja, somos chamados a apoiar os pobres e a desafiar os ricos. Para começar a aliviar a pobreza, apoiamos políticas como: manutenção de rendimento adequado, educação de qualidade, habitação decente, formação profissional, oportunidades de emprego significativas, cuidados médicos e hospitalares adequados, humanização e revisões radicais de programas de assistência social, trabalho em prol da paz em áreas de conflito e esforços para proteger a integridade da criação. Uma vez que os baixos salários são muitas vezes uma das causas da pobreza, os empregadores devem pagar aos seus empregados um salário que não exija que estes dependam dos subsídios do governo, como vales de desconto para a alimentação ou assistência social para a sua subsistência.
Visto que reconhecemos que a redução a longo prazo da pobreza deve ultrapassar os serviços e o emprego para os pobres, os quais podem ser retirados, enfatizamos as medidas que criam e mantêm a riqueza das pessoas pobres, incluindo estratégias de criação de bens, tais como o desenvolvimento individual, contas de poupança, programas de desenvolvimento de microempresas, programas que permitem a posse de casa de habitação e a formação e o aconselhamento de gestão financeira. Apelamos às igrejas para desenvolverem estes e outros ministérios que promovam a criação de bens entre os pobres. Estamos especialmente atentos ao Sul Global (Global South), onde o investimento e as microempresas são especialmente necessários. Exortamos a que sejam apoiadas políticas que incentivem o crescimento económico equitativo no Sul Global e em todo o mundo, proporcionando uma oportunidade justa para todos.
A pobreza na maioria das vezes tem causas sistémicas e, por conseguinte, não responsabilizamos moralmente as pessoas pobres pela sua situação económica.